HIPÓTESE
HETEROTRÓFICA
Sabe-se que
atualmente os seres vivos podem ser divididos em dois grupos de acordo com o
modo como obtêm seu próprio alimento:
- Autótrofos: (do
grego, autós = próprio, trophos = alimento) são organismos que produzem seu
próprio alimento utilizando energia e material inorgânico do ambiente.
- Heterótrofos: (do
grego, hetero = diferente, trophos = alimento) são organismos que não conseguem
fabricar seu próprio alimento e precisam retirar do ambiente sua fonte de
alimentação.
Até pouco tempo
atrás, os cientistas acreditavam que os primeiros seres vivos eram
heterótrofos.
A teoria é defendida
com o argumento de que os heterótrofos possuem uma maquinaria mais simples, sem
a capacidade de produzir seu próprio alimento. A energia era retirada dos
alimentos que eles consumiam através de um processo simples, semelhante à
fermentação.
Na fermentação, a
energia é produzida através da quebra de moléculas orgânicas do alimento,
gerando compostos mais simples.
Até meados do século XIX os cientistas acreditavam que os seres vivos eram gerados espontaneamente do corpo de cadáveres em decomposição; que
rãs, cobras e crocodilos eram gerados a partir do lodo dos rios.
Essa interpretação sobre a origem dos seres vivos ficou conhecida
como hipótese
da geração espontânea ou da abiogênese (a=
prefixo de negação, bio = vida, genesis = origem; origem da vida a partir da
matéria bruta).
Pesquisadores passaram, então, a contestar a hipótese de geração
espontânea, apresentando argumentos favoráveis à outra hipótese, a da biogênese,
segundo a qual todos os seres vivos originam-se de outros seres vivos
preexistentes.
Abiogênese
cai!
Em 1668, Francesco Redi (1626 -1697) investigou a suposta
origem de vermes em corpos em decomposição. Ele observou que moscas são
atraídas pelos corpos em decomposição e neles colocam seus ovos. Desse ovos
surgem as larvas, que se transformam em moscas adultas. Como as larvas são
vermiformes, os “vermes” que ocorrem nos cadáveres em decomposição nada mais
seriam que larvas de moscas. Redi concluiu, então, que essas larvas não surgem
espontaneamente a partir da decomposição de cadáveres, mas são resultantes da
eclosão dos ovos postos por moscas atraídas pelo corpo em decomposição.
Para testar a sua hipótese, Redi realizou o seguinte experimento:
colocou pedaços de carne crua dentro de frascos, deixando alguns cobertos com
gase e outros completamente abertos. De acordo com a hipótese da abiogênese,
deveriam surgir vermes ou mesmo mosca nascidos da decomposição da própria
carne. Isso, entretanto, não aconteceu. Nos frascos mantidos abertos
verificaram-se ovos, larvas e moscas sobre a carne, mas nos frascos cobertos
gaze nenhuma dessas formas foi encontrada sobre a carne. Esse experimento
confirmou a hipótese de Redi e comprovou que não havia geração espontânea de
vermes a partir de corpos em decomposição.
Os experimentos de Redi
conseguiram reforçar a hipótese da biogênese até a descoberta dos seres
microscópicos, quando uma parte dos cientistas passou novamente a considerar a
hipótese da abiogênese para explicar a origem desses seres.
Segue um vídeo que complementa os estudos sobre Biogênese x
Abiogenese
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